Faixas Pretas

Hoje, 07/11/2025, conquisto minha 3º faixa preta. Até ontem, tive a honra e a felicidade de ter alcançado a graduação na faixa preta no Jiu-Jitsu (Equipe Juquinha – mestre Juquinha) e na Luta Livre Esportiva (Brasília Luta Livre – mestre Renato Ferreira). Há pouco, o mestre Léo Pinheiro da Equipe Molon Labe Combat me graduou faixa preta em Kickboxing.

Confesso que gosto de escrever e que tenho costume com as palavras, mas, nesse momento, não consigo expressar o que eu estou sentindo e pensando. Talvez, essa dificuldade aconteça, porque é, de fato, indescritível tal sensação.

Há muitos anos, eu, há época, uma pessoa sedentária, obesa e infeliz, encontrei o tatame e fui apresentado às artes marciais. Passei a conviver com os meus mestres, os quais eu admiro em demasia, e com os companheiros do tatame, muitos deles, agora, são amigos-irmãos. Consequentemente, a vida sem cor e sem sentido passou a pulsar. Encontrei um propósito. Melhorei enquanto pessoa, controlei minhas ansiedades e me tornei um humano melhor. Pouco importa as incontáveis e diversas lesões. Pouco importa as cirurgias. Pois, o que importa mesmo é se sentir vivo. Hoje, ao conquistar minha 3º faixa preta, eu afirmo que estou e me sinto muito vivo. Concordo que essa jornada de treinos intensos e de competições cansa e, por vezes, machuca. O corpo sente isso, mas, a despeito disso, afirmo que a alma fica leve e feliz.

Por fim, entendo que é só o começo. De fato, é uma conquista alcançar essa graduação, sobretudo em três artes marciais, mas a maior conquista é continuar treinando e aprendendo cada vez mais e evoluindo dentro da faixa preta. Então, as faixas pretas configuram um novo começo…

Régis Barros

Publicado em: 25/11/25