Alguns não entendem e, por não entender, costumam me perguntar – por que tantas artes marciais em alto rendimento? Por que submeter seu corpo a incontáveis lesões e várias cirurgias ortopédicas?
É uma resposta difícil, pois, na esmagadora maioria das vezes, preciso responder a alguém que não compreende o significado do tatame e da marcialidade habitada ao redor dele.
Pois bem, as artes marciais e o tatame respondem às demandas e às dores da vida com amizade, conforto, evolução, irmandade, disciplina, respeito, evolução, ensinamento e aprendizado. Nesse mundo “cão”, que nos agride e nos machuca, ter isso é uma dádiva. Aproveitar disso é um privilégio. O tatame é terapêutico. Afirmo, inclusive, que é mais terapêutico do que muitos acreditam.
Coube-me, portanto, imergir nele. Viver dentro dele. Extrair tudo dele. É bem verdade que a intensidade e o volume excessivo de treinos pesados e de competições vão machucando as articulações e os músculos. E daí? Sinto-me vivo. Lesões são tratadas, mas uma vida não vivida não é remediada. Costumo dizer que a vida precisa ser vivida. Você não pode passar pela sua vida como coadjuvante dela. Você não pode perder de WO a luta pelo viver. Faça valer!
Um pequeno resumo de o porquê de tudo isso…
Régis Barros